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Publication type: news

Associações de doentes podem tornar-se 'veículos' de interesses comerciais
DairioDeLeiria 2010 Apr 26
http://www.psoportugal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=193&Itemid=90


Full text:

As associações de doentes aumentaram “exponencialmente” na última década e respondem a algumas necessidades, mas podem tornar-se “veículos“de interesses mais comerciais, diz a socióloga Noémia Lopes, do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.
Cada doença pode somar um dia nacional, europeu, internacional e mundial, multiplicando, assim, as hipóteses da patologia ser mencionada.

Algumas vezes, estas datas são propostas por movimentos sociais, que pretendem alertar as entidades e a população para as necessidades dos doentes.
“As associações respondem a algumas necessidades de quem tem uma doença crónica” e visam criar uma ligação entre pessoas que enfrentam o mesmo tipo de problema de saúde, disse à agência Lusa a socióloga.
Mas o emergir destas associações pode despertar outras situações porque ficam na “mira” de outros interesses, nomeadamente farmacêuticos.

Muitas vezes são “veículos” utilizados para fazer pressão para obter benefícios, que não são só para os doentes, mas para outras entidades, disse. A “lutar” para que a psoríase, que afecta 250 mil portugueses, seja reconhecida como doença crónica, o presidente da Associação PSOPOrtugal reconhece que pode haver este “perigo” se não houver “cuidado” por parte das associações.
“Como o Estado não apoia as associações de doentes”, estas aceitam os donativos dos laboratórios para conseguirem desenvolver a sua missão, diz Vítor Baião, alertando que se “não forem verdadeiramente fortes e independentes poderão fazer o caminho que é orientado pelo laboratório A, B ou C”. “No nosso caso, sempre aceitámos o apoio de vários laboratórios e, por isso, marcamos a nossa independência”, sublinhou a socióloga.

Posição contrária tem a Associação Portuguesa de Hemofilia: “Nascemos em 1976 e nunca estivemos dependentes de qualquer empresa farmacêutica. Temos apoios, porque não podíamos viver sem eles, mas esse apoio não nos dá qualquer dependência”, disse à Lusa a vice-presidente da associação, Maria de Lurdes Fonseca. Para regular as relações entre a indústria farmacêutica e as associações de doentes existe um código de conduta, em vigor desde 2008, segundo o qual os laboratórios passam a estar obrigados a divulgar anualmente a lista de associações que apoiam.

Segundo o documento, a indústria “não deve solicitar a promoção de medicamentos sujeitos a receita médica, nem as associações de doentes se devem envolver nessas actividades”. Noémia Lopes salientou o papel das associações em ajudar as pessoas a aprender a ultrapassar certas contingências resultantes da doença. As pessoas passam a ser estimuladas para ter um papel mais activo na gestão do seu caso. Outra luta destes movimentos é acabar com a estigmatização.
No entanto, segundo a socióloga Noémia Lopes, “uma maior divulgação das doenças nem sempre contribui para uma menor estigmatização”.

“O que muitas vezes acontece são formas invertidas de estigmatização, formas de paternalismo”, comentou a mesma responsável, lembrando as campanhas de divulgação da sida que contribuíram para um maior conhecimento sobre a doença, mas o fim do estigma ainda está longe.

 

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