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Healthy Skepticism Library item: 15865

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Publication type: news

Medeiros D.
Anvisa fecha o cerco aos medicamentos de gôndolas
Correio Popular 2009 Jun 20
http://cpopular.cosmo.com.br/acesso/default.asp?source=l


Full text:

A disposição de medicamentos vendidos sem prescrição médica
(antiácidos, paracetamol e ácido acetilsalicílico, por exemplo) vai
sofrer restrições nas farmácias. A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) preparou uma resolução que propõe que os
medicamentos isentos de prescrição médica saiam das gôndolas e passem
a ser vendidos no balcão. O objetivo é controlar melhor a venda e
aprimorar a orientação do profissional farmacêutico aos consumidores,
prevenindo o uso indevido. Pela resolução, as farmácias também ficarão
proibidas de comercializar produtos não relacionados à saúde,
cosméticos, higiene pessoal ou alimentos que auxiliam no tratamento de
problemas de saúde.

“O propósito é que o farmacêutico oriente melhor os consumidores sobre
o uso de medicamentos sem prescrição”, diz a diretora da seccional
Campinas do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Renata Pereira. Ela
cita que a retirada do medicamento no balcão facilita que o
farmacêutico acompanhe se a pessoa faz uso constante, se tem reação,
se o remédio surte ou não efeito, se deve ser tomado junto com
alimento, além de orientar sobre a dosagem correta.

“Os medicamentos sem prescrição são usados para tratar males menores,
como dores de cabeça e azias, mas, quando utilizados por pessoas com
outras patologias, associados a outros remédios ou em dosagem errada
podem causar sérios danos, provocar sequelas e até a morte”, alerta a
presidente do CRF de São Paulo, Raquel Rizzi. “Não se trata do
farmacêutico fazer consultas médicas, mas sim de orientar sobre o uso
correto do medicamento”, afirma, citando que fica difícil o
profissional fazer esse acompanhamento quando o cliente retira o
produto diretamente na gôndola e paga no caixa. “A medida tem todo o
apoio do CRF e vai trazer mais segurança e eficácia aos tratamentos”,
reforça.

De acordo com Cléria Giraldello, farmacêutica da Secretaria Municipal
de Saúde, trata-se de uma excelente medida. “Mesmo tendo venda livre,
todo medicamento tem indicações e restrições”, afirma. Ela destaca
ainda a importância no aspecto educativo. “Nas gôndolas, muitas vezes,
os medicamentos ficam à altura das crianças, que são atraídas pelos
comprimidos coloridos. É importante restringir esse acesso.”

A resolução deve ser votada até o final do mês. A partir daí, a
iniciativa privada terá 180 dias para se adaptar à norma, caso seja
aprovada.

A medida tem apoio dos atendentes de farmácias e clientes
entrevistados pela reportagem. “Será ótimo. Hoje há uma guerra entre
os representantes de laboratórios pelo melhor lugar nas gôndolas. Ter
os medicamentos atrás do balcão vai ajudar os usuários e os
trabalhadores das farmácias”, afirma o auxiliar de farmácia Jaime
Bastilha. “Sempre peço orientação ao farmacêutico antes de comprar
remédios. Acho correto que fiquem atrás do balcão e não nas gôndolas”,
diz o ajudante-geral Francisco de Souza Dias.

Críticas

A Associação Brasleira da Indústria de Medicamentos Isentos de
Prescrição (Abimip), porém, discorda da proposta da Anvisa. “Não
adianta criar novas regras restritivas, se não há fiscalização. Essas
medidas só favorecem quem não segue as regras já vigentes”, critica o
secretário geral da Abimip, Sálvio Di Girólamo. Para ele, a decisão
vai alavancar ainda mais a informalidade do mercado. “Hoje vigora a
‘empurroterapia’, prática em que os profissionais das farmácias
indicam drogas similares às utilizadas comumente pelos usuários, em
troca de gratificação dos fabricantes. A retirada dos produtos das
gôndolas vai facilitar ainda mais esta prática”, diz Di Girólamo,
citando que, numa pesquisa por amostragem feita pelo CRF-SP com 2.769
profissionais de farmácia, 15% admitiram essa prática.

 

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