Políticas Farmacêuticas: a Serviçodos Interesses da Saúde?
José Augusto Cabral Barros
A harmonização no plano internacional
Como forma de incrementar a eficácia e eficiência dos seus recursos,
tanto humanos, como técnico-financeiros, diversos países e regiões passaram
a traçar estratégias comuns com vistas a otimizá-los a partir da contribuição
de cada um. Esta é a motivação que se encontra na base do surgimento da
UE, Grupo Andino, Mercosur, Mercado Comum Centro-Americano,
Caricom, etc. Pretendendo atuar como estratégias sub-regionais de desenvolvimento,
a integração mencionada se propõe a antecipar-se aos processos
globais de abertura econômica e/ou de liberalização no plano econômico
internacional, quase sempre mais lentos e a serviço dos paìses centrais. Tal
como opina Arango, “estas estrategias de desarrollo común y de intercambios
generalizados también alcanzan al sector salud, tanto en lo que se refiere a los
servicios como, sobre todo, a los productos inherentes al sector. Los medicamentos
no pueden por menos dejar de estar profundamente marcados por la internacionalizacion
de las economías y por los procesos de integración sub-regional
y regional” (Arango, 1997). Menos que enfraquecer as instituições
específicas, como as responsáveis pelo registro sanitário, a pretensão é
modernizá-las para que sejam capazes de processar toda a informação
disponível, avaliá-la e utilizá-la da forma mais ágil possível, institucionalizando,
ademais, canais eficientes de intercâmbio de informação, sistemas
modernos de administração e gerência, assim como alternativas adequadas de
financiamento (Arango, 1997).