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Polí­ticas Farmacêuticas: a Serviçodos Interesses da Saúde?

By José Augusto Cabral Barros
2004

A harmonização no Cone Sul


A despeito de incluir, entre seus integrantes, países (Brasil e Argentina), que contam com um setor farmacêutico bem desenvolvido e que representam o maior mercado de consumo, bem como o parque industrial mais importante da América Latina (os outros dois países integrantes são Uruguai
e Paraguai), o processo de harmonização, no âmbito do Mercosul, não tem tido os avanços esperados, tendo se orientado, prioritariamente para os intentos de compatibilizar as normas de fabricação. A harmonização regulamentadora pretendida, no entanto, no campo dos medicamentos
contemplava, quando do plano qüinqüenal acordado em 1995, uma série de itens que iam desde as ‘boas normas de fabricação’ (em 2002 se elaborou um guia de inspeção para nortear essa atividade, envolvendo, igualmente os países do Grupo Andino) e ‘estabilidade’, aos ‘hemoderivados’, ‘registro de produtos similares’, ‘padrões de distribuição’, ‘sistemas de informação’, ‘controle de qualidade’ e ‘farmacovigilância’. De qualquer modo. alguns progressos foram alcançados, a exemplo do estabelecimento da mecânica de trabalho no nível técnico, definição de assuntos prioritários, aceitação de certos padrões comuns, alguns dos quais se baseiam nas recomendações da OMS, como no caso das boas práticas manufatureiras, já referidas. Entre as prioridades identificadas pelo grupo técnico desses países encontram-se o desenvolvimento de uma política comum de medicamentos. Os obstáculos mais significativos identificados dizem respeito à dificuldade dos países participantes para integrar os acordos, convênios e resoluções do Mercosul nas legislações nacionais. (OPAS, 2000).

 

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Far too large a section of the treatment of disease is to-day controlled by the big manufacturing pharmacists, who have enslaved us in a plausible pseudo-science...
The blind faith which some men have in medicines illustrates too often the greatest of all human capacities - the capacity for self deception...
Some one will say, Is this all your science has to tell us? Is this the outcome of decades of good clinical work, of patient study of the disease, of anxious trial in such good faith of so many drugs? Give us back the childlike trust of the fathers in antimony and in the lancet rather than this cold nihilism. Not at all! Let us accept the truth, however unpleasant it may be, and with the death rate staring us in the face, let us not be deceived with vain fancies...
we need a stern, iconoclastic spirit which leads, not to nihilism, but to an active skepticism - not the passive skepticism, born of despair, but the active skepticism born of a knowledge that recognizes its limitations and knows full well that only in this attitude of mind can true progress be made.
- William Osler 1909