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Healthy Skepticism Library item: 18641

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Publication type: news

Relação entre médicos e IF: 'é possível fazer melhor!'
Jornal Médico de Família 2010 Sep 3
http://www.jmfamilia.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1191&Itemid=27


Full text:

Portugal vai receber, no próximo mês de Outubro, uma referência mundial nas áreas do uso racional do medicamento e da relação entre médicos e indústria farmacêutica. Peter Mansfield, médico de família australiano, fundador e director da Healthy Skepticism – uma organização internacional sem fins lucrativos cujo principal objectivo é melhorar a saúde através da redução do dano causado pela promoção enganosa da indústria – defende, entre outros pressupostos, que “existem alternativas ao enorme peso que a indústria continua a ter na investigação e na formação médica contínua”. Uma convicção que defenderá em Portugal, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, a 9 de Outubro próximo e na da Secção Regional do Norte, no dia 11

Os médicos são influenciados pela promoção da indústria farmacêutica (IF)? As relações entre médicos e IF são sempre más ou promíscuas? A promoção da IF é mais benéfica que lesiva? Como podem os médicos aprender a ser críticos? O dinheiro da IF é vital para a investigação médica? Como é que podemos melhorar a relação entre a IF e os médicos, em prol da ciência e dos doentes?

Estas são algumas das questões a que o director da Healthy Skepticism, Peter Mansfield, procurará dar resposta, em dois seminários destinados a médicos e estudantes de Medicina portugueses – bem como a profissionais de saúde não médicos com especial interesse na investigação e no ensino -, que decorrerão na sede da Ordem dos Médicos em Lisboa (no dia 9 de Outubro) e no Porto (no dia 11 de Outubro).

Peter Mansfield trabalha como médico de família (MF) no estado da Austrália Meridional, é Research Fellow da disciplina de Medicina Geral e Familiar (MGF) da Universidade de Adelaide, na Austrália, e é o fundador da Healthy Skepticism, uma organização internacional sem fins lucrativos, cujo principal objectivo é melhorar a saúde através da redução do dano causado pela promoção enganosa da indústria.

Healthy Skepticism à conquista de adeptos em Portugal

Em Portugal, a Healthy Skepticism ainda tem uma expressão diminuta, “mas é só uma questão de tempo até que atinja o crescimento que tem vindo a conquistar em outros países do mundo”, explicou, ao nosso jornal, um dos poucos membros da organização no nosso país, Tiago Villanueva.

“De um total de 225 membros em 25 países, Portugal conta, no momento, com apenas três”, adiantou o interno do 3º ano de MGF, esclarecendo que “qualquer pessoa pode tornar-se membro da Healthy Skepticism, bastando para isso que apoie os objectivos da organização e que pague uma quota”.

Para além disso, todos os interessados estão convidados a registar-se gratuitamente no website da organização (www.healthyskepticism.org) e a tornarem-se free subscribers. “De momento, em Portugal, há 26 pessoas registadas na Healthy Skepticism neste regime, que recebem as newsletters e actualizações, gratuitamente”, explicou o formando da USF AlphaMouro.

Procurar fontes independentes de informação

Educação médica, formação contínua e investigação pela indústria farmacêutica: É possível fazer melhor! É o título dos seminários, através dos quais Peter Mansfield procurará explicar aos médicos e estudantes de Medicina portugueses que “a promoção enganosa é mais comum do que se possa pensar e que não existe uma forma de assegurar que os profissionais de saúde possam ser expostos a promoção enganosa sem serem induzidos em erro”. De acordo com o MF australiano, tal acontece tão simplesmente “porque somos humanos, logo, vulneráveis, por mais inteligentes que sejamos”. Mas, “existem alternativas ao enorme peso que a indústria continua a ter na investigação e na formação médica contínua”, sublinha o especialista.

Conscientes de que a IF tem “demasiada força e influência na agenda de formação médica contínua”, urge promover o conceito de “fontes independentes de informação e de formação, como por exemplo o uso de boletins fármaco-terapêuticos independentes, como a Therapeutics Initiative, do Canadá (www.ti.ubc.ca), e a Prescrire, de França (www.prescrire.org)”, sustenta o médico canadiano. A importância destes boletins fármaco-terapêuticos independentes e a necessidade de cada país criar os seus próprios boletins, será outra das mensagens que o responsável da Healthy Skepticism transmitirá aos médicos portugueses.

“Seria desejável que Portugal ganhasse massa crítica suficiente para começar a produzir as suas próprias fontes independentes de informação, nomeadamente os seus próprios boletins, que permitam, posteriormente, a adesão de publicações portuguesas à International Society of Drug Bulletins (http://www.isdbweb.org/) – organismo internacional que congrega publicações e boletins financeira e intelectualmente independentes da IF”, explica Tiago Villanueva, justificando a importância dos seminários ministrados por Peter Mansfield. Enquanto aguardam pela mudança, os médicos portugueses sempre podem socorrer-se do trabalho realizado na vizinha Espanha, onde existem “diversas organizações que produzem excelentes boletins, de acesso fácil e gratuito na Internet”, sugere o interno.

 

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...to influence multinational corporations effectively, the efforts of governments will have to be complemented by others, notably the many voluntary organisations that have shown they can effectively represent society’s public-health interests…
A small group known as Healthy Skepticism; formerly the Medical Lobby for Appropriate Marketing) has consistently and insistently drawn the attention of producers to promotional malpractice, calling for (and often securing) correction. These organisations [Healthy Skepticism, Médecins Sans Frontières and Health Action International] are small, but they are capable; they bear malice towards no one, and they are inscrutably honest. If industry is indeed persuaded to face up to its social responsibilities in the coming years it may well be because of these associations and others like them.
- Dukes MN. Accountability of the pharmaceutical industry. Lancet. 2002 Nov 23; 360(9346)1682-4.